Este ano a exposição anual do Museu
Etnográfico será focada no ritual da matança do porco e da importância da carne
na dieta alimentar nas famílias glorianas.
O bácoro era comprado no mercado de Marinhais ou vendido
por vários “porqueiros” que se deslocavam sazonalmente à Glória. Era colocado
no pocilgo, onde durante vários meses era alimentado com restos de comida,
bolota, batatas cozidas e mais recentemente farinha. Passado semanas vinha o
“capador”, que castrava os animais para evitar que a carne especialmente nos
machos, não viesse a saber a “barrasco”, como era hábito dizer.
Os porcos eram engordados, até chegar
os meses de inverno, onde então se procedia à matança do porco. A matança era
um momento de convívio sociofamiliar e ao mesmo tempo garantia a subsistência
para a família nos penosos meses de inverno que estavam à porta, tratava-se de
um ritual que unia a morte do animal com a abundância.
A
Associação para a Defesa do Património Etnográfico e Cultural da Glória do
Ribatejo, solicita apoio e colaboração nesta exposição.
Quem
possuir fotos, vídeos e outros materiais associados à matança do porco, entre
em contato para adpecgloria@gmail.com